Dia de chuva
Um homem por mim passa, Eu, de sombrinha, e, ele, na chuva. Sobre seus ombros, um botijão de gás, Arcado e humilde, pela rua vai. Suas pernas quase tropeçam na calçada, Magro e empobrecido, ele segue. Vão caindo pingos na camisa desbotada, Seu olhar cansado, cabisbaixo. Ele anda sem perceber os transeuntes, Numa longa via, a passos vacilantes. Sigo-o com o olhar, entristecida. Que desigualdade insuportável! Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 16/09/2006
Alterado em 22/01/2010 |