Raios fúlgidos
No velho trapiche, graciosa, No colo um negro cãozinho, Aos primeiros raios da manhã, Obstinada, ela aguardava... A estrela d’alba, dissolvida, Em expressiva obra de arte, Reluzia na superfície cristalina Das grandes marolas azuladas Da praia deserta... Inquieta e sonolenta, ao frescor Da aurora, ela esperava... O pequeno barco avistar... De seu amado, as notícias Revigorado homem do mar. A cor âmbar foi se impregnando Sob as asas da bem-aventurança Pelas clareiras da imensidão... Em raios fúlgidos, na festiva e Brilhante manhã de primavera Pouco a pouco, lá do horizonte, Vigorosa... veio a embarcação, Adentrando a brumosa baía, Singrando o mar bravio, com Robustos homens, vidas a salvo. Nos sulcos d’água, é nova manhã, É mais um renascer, novos projetos. Singela mulher, intrépido pescador, Lá se vão por novos caminhos Com a primavera resplandecente! __________________________________ foto: Izabella Pavesi Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 02/11/2010
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