Os olhos de Luih
Os olhos de Luih veem longe O verso e o convexo, O infinito e o ínfimo, Peitos e rendas. Se fundem os olhos de Luih. Lentes, flashes, câmara e tripé. Luih se mistura Ao caos e à loucura. Luih, olhos sensíveis e negros, Brinco e músculos, Ponto e contraponto. Os olhos de Luih espreitam Cenas e fendas, risos e bocas, A risca e a linha, No exato momento. Cinzas, flores, gotas, pedras. O insólito e o perfeito, O povo, o luxo e o nada! Luih faz retratos de gente, Na rua, no bar, nas enchentes. Fixa a lente certeira, Em meio a círculos e feiras. Na velocidade de um flash, Esparrama poesia em imagens, Perpassa o papel e o pensar. O alvo não é Luih, mas de Luih é a sina De se defrontar em esquinas e Becos. O tiro de raspão passa, Disparam tensões, violências. Capta a tragédia e estilhaços, Na mira, no olho, nas balas. Luih, olhos ardentes, A alma presa num átimo, O foco perfeito no espaço. Suados, confusos momentos, Densas sombras ebulindo, Luzes, pelos, brilhos e o chão! ______________________________________ * esta é minha homenagem a todos os fotógrafos do Planeta. ______________________________________ IZABELLA PAVESI Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 21/04/2007
Alterado em 23/07/2014 |