O ciúme
Desce meu manto diáfano por terra Diante desse monstro de olhos verdes, Que me persegue e devora: o ciúme de ti. Meu olhar, vagamente furtivo, pisca. Ergo a fronte trêmula a tua frente, e, Numa borbulhante taça, destilo meu querer. Dissimulada, toda me envolvo, O alarme de não ser única dispara, E, num gingado pérfido te seduzo. Ah! O ciúme, essa traça deselegante, Essa pequenez invasiva, paralisante, Quer a posse absoluta de tua mente. Ah! Esse destino de olhares vigilantes, Este sentimento perturbador efervescente, Dele me afasto, antes que meu ego pereça! _______________________ Foto: internet Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 24/05/2007
Alterado em 23/07/2014 |