FÊNIX
Adentrei o mundo das névoas! Sumiu de mim meu olhar! Consumi-me... Esgotou-se a energia... Consumiu-se toda dor em mim. Quase desnuda... inerte... Meu ser saiu de mim Ondas quentes iam e vinham As têmporas... latejando... A lava escorria... sem parar. O Grande Senhor do Universo Tomou-me o pulso... E o coração em suas mãos. Meu sangue jorrava... Feito lava de vulcão! Um rio de sangue... jorrando! A coragem engolida Lava vermelha quente Se esvaindo,... dilacerando Artérias, veias suturadas. Um silêncio absoluto, No olhar do doutor. Dissociado de mim O fluir da vida... A pele... alvíssima! Vertigens, sensações múltiplas De me evaporar feito pólen... E perder-me nas areias do tempo De desintegrar-me solitária, Numa atmosfera magnética Na espiral de um labirinto. Por sobre meus poros Partículas etéreas... Ressecados lábios mudos, O respirar... em “alfa”... Apenas o levitar... Por entre as cinzas... Flutuou minh’alma! Melodiosamente suave! Por sobre meu ser transparente, O espírito livre... uma vez mais, Fênix ressurgiu! __________________________________________________ Izabella Pavesi _________________________________________________ imagem: arquivo pessoal Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 22/01/2017
Alterado em 24/01/2017 |