Buscas e Deslizes
Sob meus pés, degraus de pedras. Escarpada subida, quase irreal, Enceno a vida, as densas batalhas, Ainda luto por um ideal... Ganho edemas e flores azuis-lilás. Ao longe, longas cercas de arame, Infindáveis trilhas, fontes quase secas, Quero concatenar as idéias inquietas, e Quase morro soterrada, deslizando ladeira abaixo... Escorrego sobre o solo arenoso, Quase me estatelo pelo chão. Da floresta desfolhada, ora nua, Não pela neve, e, sim, pelo homem, Impassível ante a natureza agonizante. Despirmo-nos é preciso! De vaidades, egocentrismos, Iras e luxúrias vãs. Sigo em meio a essa selva, Com irreverência e obstinação. Corrigir o rumo, deitar estacas, Nas trilhas, pelo mato, entrelaçadas, Em ruínas ao sol, o sossego Espero... Busco arrego num fio De sombra de emaranhados cipós. Poetisa: Izabella. Foto: Izabella Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 26/10/2007
Alterado em 19/01/2010 |